6ª Edição do MCASP

Está prevista para o mês que vem (Outubro/2014) a publicação da 6ª edição do MCASP (Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público).

O MCASP vem sendo reeditado a cada ano desde sua publicação buscando o aprimoramento da sua literatura decorrentes das discussões no âmbito do GTCON (Grupo Técnico de Contabilidade Aplicada ao Setor Público) bem como das sugestões de técnicos e instituições de todo o país.

Após a publicação da última versão (5ª edição do MCASP) a STN identificou a necessidade de torna-lo mais completo, didático e prático. E num processo mais participativo e transparente veio publicando, ao longo do ano de 2014, minutas das revisões do MCASP para apreciação e sugestões por parte de quaisquer interessados e agora chegou a hora da versão final ser disponibilizada.

Junto deve ser liberado também alterações do Manual de Demonstrativos Fiscais para o ano de 2015.


Aguardamos ansiosos por essa nova versão.

PCASP 2015

Está prevista, para o dia 30/09/2014, a publicação da atualização do PCASP (Plano de Contas Aplicado ao Setor Público) para o exercício de 2015.

Nessa data serão disponibilizadas 2 versões do PCASP:

PCASP 2015 que é a versão mais “enxuta” obrigatória para o exercício de 2015; 

PCASP Estendido 2015 – IPC 00 que possui um maior nível de detalhamento e é facultativa para o exercício de 2015.


Acompanhe a publicação acessando o link abaixo:
https://www.tesouro.fazenda.gov.br/web/stn/-/plano-de-contas-aplicado-ao-setor-publico-pcasp-

O PIB baixo e o impacto nos limites da LRF

As expectativas para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2014 não para de cair como mostrou a Pesquisa Focus do Banco Central, divulgado na última segunda-feira, 15 de setembro. E também já contamina a perspectiva dos economistas para 2015. 

Pelo documento, a economia brasileira crescerá apenas 0,33% este ano ante projeção anterior de avanço de 0,48% e de expansão de 0,79% esperada um mês atrás. Esta é a 16ª semana consecutiva em que o mercado revisa suas planilhas para baixo. Para 2015, a taxa mediana da Focus também recuou, passando de 1,10% para 1,04%. Veja mais sobre em http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/09/1516135-mercado-reduz-previsao-do-pib-brasileiro-em-2014-para-alta-de-033.shtml

O fraco desempenho da economia tem afetado a arrecadação da União e, portanto, as transferências para Estados e Municípios. A desaceleração econômica reduz o consumo, o volume de transações econômicas e, principalmente, os lucros das empresas, o que afeta todos os tributos de modo geral, mas especialmente o IPI e o Imposto de Renda, que compõem a base de cálculo dos fundos de participação.

Segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios) “O baixo desempenho é sentido, por exemplo, no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) - principal transferência da União às prefeituras. Sabe-se que o FPM é formado por 22,5% da arrecadação líquida do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). De janeiro a julho de 2014, esta transferência foi de R$ 214,6 bilhões - 0,74% menor em comparação ao mesmo período de 2013.”

Fato é que a redução no montante das transferências afeta diretamente a Apuração da RCL (Receita Corrente Líquida) e acaba prejudicando diversos indicadores da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) especialmente o limite de Gastos com Pessoal que normalmente é levado à beira do permitido.

Nesse momento é importante lembrar que a LRF, em seu artigo 66, prevê a duplicação dos prazos para reenquadramento dos limites estabelecidos nos artigos 23 e 31 da mesma lei, que tratam dos limites da Despesa com Pessoal e Dívida Consolidada respectivamente, nos casos de baixo crescimento do PIB, a lei ainda define como de baixo crescimento a variação real acumulada do PIB abaixo de 1% nos quatro últimos trimestres.

Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3o e 4o do art. 169 da Constituição.


Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.


Por isso é importante ficar atento e acompanhar com frequência os limites da LRF a fim de que sejam tomadas as medidas legalmente necessárias para o reenquadramento (previstas nos § dos próprios artigos), levando em conta também a possibilidade legal do prazo duplicado nessa situação apresentada de baixo crescimento do PIB.

SICONFI 2015, o que vem por ai?

Aconteceu nos dias 01 e 02/09/2014 a 2ª reunião do GTSIS de 2014. Nesse ano de 2014 a segunda reunião do Grupo Técnico de Sistematização de Informações Contábeis e Fiscais - GTSIS foi antecipada devido ao contexto de grande mudança para o ano de 2015 em relação ao SICONFI.

Dentre essas mudanças está o recebimento das informações por meio do envio de instâncias XBRL. Isto representa uma evolução natural que já havia sido planejada no começo do projeto.

O GTSIS é um Grupo Técnico que discute e define as evoluções tecnológicas ligadas à implantação do PCASP e das NBCASP, tem caráter técnico e consultivo, manifestando-se através de recomendações, e deve nortear-se pelo diálogo permanente, tendente a reduzir divergências e o desenvolvimento de sistemas redundantes, em benefício da transparência da gestão fiscal, da racionalização de custos nos entes da Federação e do controle social.


Outras alterações importantes no SICONFI para 2015 são:
- Aumento no rol de relatórios recebidos pelo Portal (DCA + COC + RREO + RGF);

- Estender, a obrigatoriedade de remessa, para todos os Poderes dos Entes da Federação;

- Aprimorar mecanismos de recebimento – Além do recebimento por meio de planilhas, serão também aceitos em forma de formulários preenchidos pela WEB no próprio SICONFI e ainda o recebimento através de Instâncias XBRL (simular aos arquivos enviados ao AUDESP por exemplo);

- Disponibilização de novas consultas no portal;

- Introdução à matriz de saldos contábeis e diversas melhorias com relação as lições aprendidas sobre o SICONFI de 2014.


Veja abaixo o cronograma de entregas previstas para o SICONFI 2015:



Acesse os links abaixo e saiba mais sobre as reuniões do GTSIS e também sobre detalhes quanto ao processo de evolução do SICONFI: