Profº Falconi: a meta é tudo!




Reportagem de autoria da INDG e publicada no site: http://www.indg.com.br (link: http://www.indg.com.br/saladeimprensa/indgnamidia/20111121amcham.asp)

Motivar, desafiar e ensinar. Tudo isso pode ser atingido numa empresa a partir de um princípio básico de administração: a meta. Essa foi a defesa do consultor Vicente Falconi, que palestrou nessa sexta-feira, 18, no IV Ciclo de Decisões da Amcham, em Porto Alegre. Para o autor de O Verdadeiro Poder, livro que resume os 15 últimos anos de sua experiência em administração, a meta, além de sagrada, é didática. “Ela é o grande fator motriz do aprendizado numa empresa”, resume Falconi.
 
Meta pedagógica
Na prática, Falconi quer dizer que pela meta os funcionários aprendem, sozinhos, a solucionar problemas e a ser mais eficientes. Para o consultor - já chamado de "guru do Brasil" por veículos de comunicação de negócios como a Exame - trata-se de uma tendência na educação mundial. Em vez de “entulhar” a cabeça dos alunos com conhecimento, universidades norte-americanas estariam apostando em transmitir o básico e “incentivar a coragem diante de novas situações”, para ensinar o aluno a descobrir as soluções.
Se aplicado nas organizações, o método pode resultar em maior eficiência se comparado ao sistema tradicional de treinamentos adotados pelas empresas, acredita Falconi. “No final, o cara nem aprende muito neles. A vasta maioria do que o colaborador vai aprender numa empresa é o que se faz de própria iniciativa para solucionar problemas. Atingir meta é um problema. Portanto, insista na meta”, destacou.

Desafio na medida
Aos 71 anos, cabelos brancos, simpático como um vovô e enérgico como um jovem convicto, Falconi explicou como gerar uma meta equilibrada e motivadora o suficiente. Para o homem que foi eleito uma das 21 vozes do Século 21 – único latino-americano com a distinção entregue pela American Society for Quality – a boa meta não pode ser genérica, deve ser bem estabelecida (sendo desafiadora mas possível) e bem distribuída ao longo da organização.
Feito isso, diz Falconi, “o camarada que se vire”, com uma sinceridade que provocou aplausos e risos na plateia. “Se virar sozinho não é ruim, é um jeito de aprender a resolver os problemas, a bater a meta”, completou o engenheiro, aposentado como professor pela Federal de Minas Gerais e fundador do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG).

Meta motivadora
As metas, no entanto, não são coisas só de funcionário. Bater metas é um dos requisitos para a boa liderança. E para batê-las, a dica é estar de olho em cada um dos parâmetros envolvidos. Segundo Falconi, o grande drama das empresas hoje são as pessoas que tomam decisões caríssimas porque acham que “têm a obrigação de saber tudo porque são os líderes”. “Isso é mentira! Eu sou cartesiano nesse aspecto.
Temos que saber exatamente cada métrica, temos que analisar cada informação, cada dado antes de tomar decisões. O contrário é achismo, é chute”, estabelece.

É ruim, mas é bom
Mesmo em casos em que parece impossível parar tudo para analisar, vale a pena investir em métodos mais eficazes e ágeis. Falconi relembrou o caso de um cliente da área de vendas que não poderia se dar ao luxo de esperar meses por uma solução que o ajudasse a enfrentar a concorrência, agradar clientes e chegar nas metas. A solução foi reunir uma equipe própria de especialistas da empresa para uma análise de cenários possíveis. Desses cenários saiu um software que comparava situações e soluções encontradas pelos vendedores no campo.
Criado o sistema, cada vendedor ganhou um PDA com um formulário para preenchimento em tempo real. Os dados eram rodados no sistema à noite e, na manhã seguinte, o vendedor era orientado caso a caso. Foi um jeito de acelerar a análise. “Dá trabalho, é sofrido, eu sei. Mas quando o resultado for atingido, além de se chegar na meta, vamos ter crescido como pessoas. As pessoas da sua organização vão reconhecer isso, e a sua organização vai crescer junto com elas”, finaliza.

Novembro de 2011 - Fonte: Site Baguete – 18/11/2011 - Foto Amcham.

Questionário sobre Custos na Administração Pública


Gostaria de contar com vossa inestimável contribuição para uma pesquisa sobre custos na Administração Pública que estamos realizando. Para responder ao questionário basta acessar o link abaixo (formulário de pesquisa do Google) e selecionar as alternativas para as questões que serão visualizadas. Deixe também seus comentários ao final do questionário.

Valorização dos Servidores Públicos

São evidentes e bastante ricas as discussões sobre a busca por resultados e desempenho na iniciativa privada, a final de contas uma empresa é constituída, via de regra, para obtenção de resultados positivos, ou seja, lucro.  Porém o assunto “Resultado” nas décadas mais recentes tem sido abordado também quando o assunto é administração pública e ultimamente tem ganhado bastante força principalmente no que tange a eficiência dos gastos públicos e o controle social (transparência dos gastos).

Metodologias de medição e gestão de desempenho empresarial como o BSC (Balanced Scorecard) pregam que os resultados em uma organização são fatores decorrentes da gestão de pilares como Processos Internos, Pessoas, Clientes e Finanças. Acreditamos que na administração pública não é diferente, pois embora o Estado não exista com a função precípua de lucro, também pressupõe o alcance de resultados positivos que o permita ser eficiente e oferecer a população cada vez mais com menos.

Abordaremos nesse trabalho o pilar Pessoas, pois entendemos que sem estas não há o que se falar em processos ou finanças, a final de contas quem executa os processos, atende aos cidadãos e interfere sobremaneira nos resultados da administração pública são os seus servidores, cidadãos que carregam, consigo, a responsabilidade ser o elo entre o poder público e a sociedade.

Sabemos que a realidade que encontramos, principalmente nos municípios, quando falamos em gestão de pessoas na administração pública é de servidores desmotivados e desvalorizados, pois embora reconheçamos a importância do tema, poucas são as ações voltadas para atendimento a esta questão. Vários são os fatores que contribuem para este cenário, certamente podemos citar como principais e sem a pretensão de esgotar as possibilidades:
a)      Baixos salários pagos pelas administrações municipais – A realidade de muitos municípios é o salário, às vezes abaixo do mínimo nacional, complementado por remunerações adicionais que não refletem na aposentadoria;
b)      Sobrecarga de responsabilidade sobre os servidores – Em muitas municipalidades os servidores assumem responsabilidade como a participação em comissões diversas sem que, em muitos casos, recebam qualquer remuneração adicional para isto;
c)       Falta de capacitação permanente – Não interesse da administração em investir no conhecimento dos servidores;
d)      Falta de incentivo a criatividade – Não estímulo à apresentação de idéias ou assunção de responsabilidades, não reconhecimento público dessas atitudes; ou
e)      Falta de plano de carreira – Servidores sem perspectivas de crescimento.
Fatores como os apresentados acima desestimulam os profissionais da administração pública e isto influência direta e negativamente em sua produtividade levando o Estado a ter mais sempre mais servidores para conseguir fazer mais, indo na contra mão do princípio da eficiência.
Não pretendemos parecer utópicos ou mesmo ser hipócritas em achar que podemos resolver um problema crônico e complexo da noite para o dia, porém fica nossa sugestão para que, respeitados os limites legais estabelecidos pela LRF em seus artigos 19 e 20, seja criado um projeto de lei que regulamente as questões apresentadas empenhados na valorização do servidor público. Acreditamos que a melhoria dos resultados depende do comprometimento das pessoas com os processos e com a qualidade dos serviços e iniciativas como essas contribuem para o alcance destes objetivos.