Estamos
próximos do encerramento do exercício de 2013. Para muitos será o primeiro
fechamento de balanço utilizando o PCASP. Para alguns outros, além dessa
novidade, ainda vem a o fechamento do primeiro balanço patrimonial adotando os
conceitos das NBCASP. Algo que assusta muita gente, afinal de contas é natural
o medo do desconhecido.
Até
alguns anos atrás o fechamento do balanço era o único momento, durante todo
exercício financeiro, em que se voltava à atenção para as questões contábeis em
si, o momento em que os contadores, ou os consultores, aplicavam conceitos
contábeis na “contabilidade orçamentária e financeira” através do(a):
-
Reconhecimento, baixas e atualização das Dívidas Fundadas;
-
Inscrição, cancelamento e atualização da Dívida Ativa;
-
Lançamento de variação patrimonial de entradas e baixas de Estoque;
-
Lançamento de variação patrimonial de entradas e baixas do Patrimônio;
-
Conciliação e ajuste de contas com saldos invertidos;
-
entre outros.
Afinal
de contas todas essas rotinas sempre foram e continuam sendo obrigações
rotineiras de todo contador, mas sabemos que na prática elas de fato, pelo
menos na esfera municipal, eram realizadas apenas nos fechamentos de balanço.
Para
os contadores da iniciativa privada que estão lendo esse post certamente vai parecer
muito estranho esse comentário, pois é inconcebível falar em contabilidade sem
falar em conciliação contábil ou contabilidade por competência. Para os
contadores públicos que já se despiram dos velhos conceitos da contabilidade
pública e fixaram os conceitos trazidos pela NBCASP também já pensam algo como “nossa
como era possível não aplicarmos conceitos tão importantes antes”.
Fato
é que para quem já vem praticando as NBCASP, principalmente em virtude da
aplicação do princípio contábil da competência, o fechamento de balanço de 2013
tende a ser apenas mais um fechamento mensal com o acréscimo da inscrição dos
restos a pagar, do encerramento de algumas contas de controle orçamentário (5 e
6), do encerramento de algumas contas de controle de disponibilidades (7 e 8) e
apuração do resultado exercício.
Para
os que não estão, deverão fazer todos os levantamentos “como de costume” das
variações patrimoniais (Patrimônio, Estoques, Dívidas, etc).
Agora,
independentemente da forma como você vem aplicando a contabilidade na sua
Entidade, veja algumas ações que são importantes para preparar-se para o
encerramento do exercício:
1. Fixar
uma data-limite para emissão de empenhos, liquidação e pagamentos. Sugerimos a
data de 23/12/2013;
2. Fixar
uma data-limite para a prestação de contas dos adiantamentos;
3. Verificar
o atingimento os limites exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e art.
212 da CF (25% para Educação e 15% para a Saúde) e se não foi ultrapassado o
limite para despesas com pessoal (54% Executivo e 6% Legislativo), bem como os
percentuais relativos ao FUNDEB;
4. Verificar
se o repasse de duodécimos ao Poder Legislativo não superou os limites
estabelecidos pela EC 25/2000, que definiu o art. 29 e 29-A da Constituição
Federal.
5. Levantar
os empenhos não liquidados passíveis de cancelamento, para posterior realização
da Inscrição dos Restos a Pagar;
6. Levantar
as Reservas de Dotação passíveis de cancelamento;
7. Fazer
os lançamentos de prestação de contas de Convênios;
8. Fazer
as conciliações contábeis das contas bancárias e das contas extra orçamentárias;
9. Solicitar
ao setor de Patrimônio o inventário de bens móveis e imóveis em 31/12/2013;
10. Solicitar
ao setor de Almoxarifado o levantamento do estoque existente em 31/12/2013;
11. Solicitar
ao setor de Tributos a apuração do valor Inscrito em Dívida Ativa em 31/12/2013;
12. Solicitar
aos órgãos competentes (RFB, Cias Elétricas, etc) ou imprimir extratos das
posições atualizadas das Dívidas Fundadas em 31/12/2013;
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